terça-feira, 21 de julho de 2009

São tantas coisas para desabafar que eu chego a pensar em como seria explodir, quem sabe até morrer. Os dias não estão da forma que deveriam ser, essa repugnância que nasce em mim pelo que me formou, essa falta de ousadia e coragem em dizer adeus, esse retrospecto do que já tinha que ter passado me colocam em parafuso.
Essa tarde ao assistir "Milk-a voz da igualdade", do Sean Penn, eu deixei que algumas das inquietações do personagem principal me invadissem, eu olhei para a vida e me bateu um medo de chegar aos 50 anos sem ter feito nada que eu me ogulhasse, sem ter feito nada de importante ou de relevante, sem ter modificado minimamente o mundo.
Por conta disso refleti sobre algumas frutrações, uns trabalhos furados, uma graduação que não condiz com a minha necessidade, uma arte que me foi imposta e que eu não me sinto efetivamente como um artesão dela. Estou mergulhado num ranso, numa merda que a cada dia fica mais fedida. Será que é tão difícil de ver e prosseguir?
Eu preciso dar passos importantes na minha vida, aceitar que o passado é passado e que esse presente que insiste em rememorar aquilo que me faz homem precisa ser deixado de lado. Eu necessito do crescimento, eu quero poder planejar a minha vida sem depender das instituições que tanto me pressionam. Tudo isso é uma morte lenta e cruel, é uma pesistência num não sei o que. Onde está o meu presente, não digo nem do futuro, mas o que eu estou fazendo com o meu presente?O que de hoje vai virar passado para ser relembrado? As mesmas coisas de anos atrás?
Eu preciso mudar, eu quero crescer, eu quero poder sentir que eu fiz algo de útil para o mundo, mas sinceramente eu não sei como.

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